De pé no chão, pelo chão do sertão
Me fiz retirante, não por opção
Foi a pulso e com pesar no coração.
Deixar minha terra querida, minha vida.
Vida ávida e atrevida, vida sofrida,
Que aprendeu a se levantar dos tombos,
Cabeça erguida, mesmo que lívida.
Seguir em frente, reescrever a história
Sem deixar que nada apague da memória
Os momentos inesquecíveis que do meu sertão aflora.
Malamanhado, com fome, com sede,
Mas com a esperança de um futuro promissor,
Sou como a Barriguda que desafia a caatinga,
Tenho as raízes fortes e sei voar por liberdade
Como suas sementes em paina.
Sou resistente, sou Catingueira,
Trago comigo renovação.
Sou filho de dona Jurema, linda como o Mandacaru,
Perfumada como Umbu e sagrada pelo sertão.
Fui criado para ser guerreiro, forjado ao sol vermelho
Dessa terra esquecida, suor, sangue, terra batida.
Só não pense que sou desistente,
Sou sertão inteiramente, sobrevivente.
E em qualquer parte dessa terra Brasilis
Serei cavalo-do-cão, cabra bom,
E para sempre, sertanejo
Coração Sertanejo de Carlos Lopes
Coletânea: O Nordeste de João Cabral de Melo Neto
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