Lágrimas de dor caem do céu
E minhas lembranças de amor
São intensas como a profundidade das almas amaldiçoadas...
Imensas como a solidão das trevas...
Ultrapassam a angústia do anoitecer
A saudade não me faz te esquecer
Ela é minha ilusão que me faz viver...
O choro continua
E não me deixa em paz
Quero fechar meus olhos
Estão cansados...
Derramam rosas vermelhas
Não são pétalas... Apenas o meu sangue
Águas da dor
Da dor que você me causou
Por que me usou tantas vezes?
Por que o gosto excitante do veneno dos seus lábios
Continuam em meu corpo?
Matando-me aos poucos
Pare de chorar céu infeliz!
Não percebe que seu sofrimento é tão pequeno?
E meu tormento se torna infinito...
Sinto falta dos olhos do meu amor
O meu doce relicário...
A minha eterna perdição...
Oh céu severo...! Está pintando furiosamente o vidro da minha janela
O seu pranto de aflição só aumenta as minhas lembranças
O passado repleto de raízes profundas
No qual não consigo arrancar...
Voraz... Do seu toque
Ávido... Do teu corpo
Destruidor... Das suas palavras
Perdoável... Do meu amor
Pobre céu escuro...
A escuridão da minha alma é eterna
Não tente comparar-se...
Até os anjos me abandonaram!
Triste céu fique comigo por toda noite...
E assim dividimos nosso tormento... E as lágrimas!