Há um pássaro no amanhecer
sonora a sua flauta na minha janela,
diante de um jardim adormecido
Gentilmente, as estrelas se movem
no caminho do silêncio, seguem longe
O olhar busca ao redor, a mente indaga
A inquietação que agita o ar,
um derradeiro alvoroço de galhos
que desfolha as flores
A noite deixou a aspereza do sonho
a visão alucinada que me abriga
E eu sou apenas este pássaro desesperado
Tu és nada mais que esta bela flor,
ao vento prometida!