Quando eu morrer
Passarão cavalos brancos
Irei também de branco
Com os meus pincéis na mão
Pintarei nuvens de amarelo
De vermelho de cata-ventos,
Cobrirei o arco-íris
de verde, verde-limão
Como uma maga de estrelas
entre flores e anjos de estanho
num horizonte coberto de urtigas
semearei lírios e violetas brancas
sem azinhavre ou ferrugem
como rosas perfumadas
em credências de sonhos