Já fui uma semente esperando para brotar
Tão pequena e frágil diante da grandeza do desconhecido
Tropecei nas pedras do chão e da vida
Cresci sabendo que o caminho seria árduo
Mas também seria cheio de vitórias
Chorei quando estava feliz e sorri
Quando estava sofrendo
E em todo momento entre a dor e a ternura
A força estava em mim
Tive dúvidas, quis jogar tudo fora
Quase perdi a esperança
Quase... Pois a cada árduo momento
Com cada queda que me arranhou a alma,
Fiquei mais
forte, mais experiente
Sofrida e vivida
Mas em nenhum momento
Perdi-me de mim
Cada cicatriz marcou minha história
Tenho tudo que sonhei
Muito mais do que pedi
E nesse meu longo caminho
Que ainda não percorri totalmente
Tenho muito para aprender
Muito a ensinar
Muito a sofrer
E muito para amar
Sou a mesma de ontem
Com toda as esperanças do hoje e incertezas do amanhã
Sou força e delicadeza espalhadas no caminho
Sou destino e fim
Acertos e tropeços
Sou um ciclo esperando para recomeçar
Sou simplesmente mulher.
Ane Braga