O dia está calmo
Não é dia pra escrever
Mas...
O mistério da desobediência toma-me de conta...
Meu corpo parece dedos ao piano
Produz mansidão
Brilho intenso
A caneta é minha amada
E
Deus a observa
Em sua
Mendicância do doce mistério
Oh!
Os olhos enxutos
A sequeira da boca
E um desconhecido sabor de poesia
Mastigado e fora de ocasião
E sem oxigênio
Subalterna eu sou
Ao teu desejo
De sair confusa, brilhante, aleatória
Mas nunca esconder-se
Pois a ti poesia
Estou rendida
Não tem mais jeito!
Lilian Farias