A Estrada - Ane Braga

A má iluminação da estrada e o intenso tráfego incomum naquela região já o estavam aborrecendo.
O chão úmido ,devido a tempestade de horas atrás exigia maior atenção dos motoristas, caso contrário poderia ser fatal.
Mas o que terá causado todo este trânsito fora do normal?- pensou ele, desejando chegar logo em casa.
Mais de trinta minutos se passaram e enfim um pouco mais de movimentação levou seu carro alguns metros adiante.
Agora vai  - pensou ele esperançoso, quando do nada ,  uma mulher despenteada , descalça e com um vestido branco estampado com flores amarelas, saltou em frente a seu carro.
Santa Bárbara do Oeste! – pisou ele no freio fazendo o veiculo girar na pista e quase se chocar com uma árvore do outro lado.
__ Ficou louca mulher! Eu poderia ter passado por cima de você!
__ Desculpe-me moço, mas eu estou desesperada! Ninguém quis parar para mim.
__ Mas por que cargas d’águas você apareceu deste jeito? Espere um momento para eu colocar o carro na pista correta e ...
__ Não há tempo! – ela o interrompeu  - logo mais a frente ocorreu um grande engavetamento com um número alto de vítimas fatais. Os paramédicos e bombeiros colocaram os corpos lado a lado e os cobriram com sacos pretos. Acontece que entre os corpos há um bebê de quatro meses...Vivo!
Por favor salve o bebê!
__Mas por que a senhora mesma...
Ele não chegou a terminar a pergunta, pois a mulher havia desaparecido.
Ainda sob o efeito do aparecimento e do desaparecimento da mulher misteriosa, ele colocou seu carro de novo na pista correta e continuou seu caminho. Um pouco mais a frente policiais rodoviários sinalizavam para os motoristas diminuírem a marcha e pegarem a outra pista. Pela janela do passageiro ele viu inúmeros corpos alinhados no chão.
Desesperadamente parou o carro e falou para o policial.
__ Há uma criança de quatro meses entre os corpos que está viva! Você precisa salvá-la.
__ Como o senhor sabe disso?
__ Não há tempo para respostas, precisamos encontrá-la.
Assim dizendo saiu do carro e foi procurando a criança entre os cadáveres, sem se importar com os gritos dos policiais logo atrás dele.
De repente, ao descobrir um dos corpos, ele perdeu totalmente a cor ,pois ao lado do bebê que já começava a chorar , estava o cadáver da  mulher de vestido  branco com  flores amarelas.   

A Estrada - Ane Braga 

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