Ela parece esfinge
Quando finge.
Parece uma dama
Quando ama.
Parece que descora
Quando chora.
Ela parece ser bruma
Quando fuma.
Parece ser tantas
Quando canta.
Parece ser noite
Quando é dia.
Ela parece ditosa
Quando chora as rosas.
Parece ser langue
Quando me lambe.
Parece sultana
Quando deita a cama.
Ela parece ser silhueta
Quando treme o poeta.
Parece beldade
Quando arde.
Ela parece pintura
Quando parece tão pura.
ALVES ROSA
VERÃO 2011