Estas horas que eu vivo
de um vazio tão triste e sem esperas,
se arrastam com o tempo
e me fazem de tola,
quando penso que me engano
se eu tento ocupá-las ...
Meus passos caminham mudos
e meu olhar vaga a toa,
pois meus pensamentos se foram
e eu já não sinto
o que outrora, ironia
chamava de amor ou paixão ...
Saudade?
Ficou lá fora, da porta do peito
e as lembranças,
também se foram com o tempo
e me deixaram assim
qual boneca sem vida ...
Boneca de pano, de trapos,
retalhos costurados e cerzidos de dor
em pedaços, meu coração foi costurado,
foi mau amado, sangrou
hoje, veja o que restou ...
Labirintos da ALma - Cel (Cecília Carvalho)