Embarco no meu barco amoroso,
Parto rumo ao porto dos teus sonhos.
Do convés observo ao longe o relevo do teu existir.
Tento me aproximar e sentir tua praia emoção.
Deleito-me com alguns paisagismos românticos.
Do céu o cântico me conduz.
Ancoro minha nau no teu porto
da complementação,
onde antes te acenei em vão.
Percorro por teus silos de infindas experiências.
Na aduana estoque de tristezas e de felizes nobrezas.
O som, o tom vindo das profundezas...
Busco, vasculho, à meia luz,
o armazém indecisão.
Minha foto amarelada ali fixada.
No meu oceano interior colossal onda,
ao cair dos meus olhos lágrimas...
Meu barco?!
Perdeu o prumo e o rumo...
Soçobrou!...
Afundou!
O que sobrou?
Meu Amor!
Barco Amoroso - © Arlete Meggiolaro