Navega, meu barco, me leva, me leva pra outro lugar;
carrega, meu barco, carrega, as dores do meu esperar.
Meu barco bem cedo se entrega, nas ondas d’um doce vagar;
meu barco querido me alberga, por onde eu for viajar.
A vela do barco se ameiga, ao ver o meu medo passar
naquela manhã borralheira, que foste brinquedo de amar.
Mas venha, meu barco, me traga, não posso mais tempo esperar
por ela, mulher verdadeira, mulher que tem gosto de mar.
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